quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Uma carta antiga! Bastante curiosa...


Já faz algum tempo conhecemos esse texto..faz pensar....Leia

Laura Schlessinger é uma conhecida locutora de rádio nos Estados Unidos. Ela tem um desses programas interativos que dão respostas e conselhos aos ouvintes que a chamam ao telefone. Recentemente, perguntada sobre a homossexualidade, a locutora disse que se trata de uma abominação, pois assim a Bíblia o afirma no livro de Levítico 18: 22. Um ouvinte escreveu-lhe, então, a seguinte carta:

"Querida Dra. Laura:
Muito obrigado por se esforçar tanto para educar as pessoas segundo a Lei de Deus. Eu mesmo tenho aprendido muito no seu programa de rádio e desejo compartilhar meus conhecimentos com o maior número de pessoas possível. Por exemplo, quando alguém se põe a defender o estilo homossexual de vida eu me limito a lembrar-lhe que o livro de
Levítico, no capítulo 18, verso 22, estabelece claramente que a homossexualidade é uma abominação. E ponto final. Mas, de qualquer forma, necessito de alguns conselhos adicionais de sua parte a respeito de outras leis bíblicas concretamente e sobre a forma de
cumpri-las:
1) Gostaria de vender minha filha como serva, tal como o indica o livro de Êxodo, 21: 7. Nos tempos em que vivemos, na sua opinião, qual seria o preço adequado?
2) O livro de Levítico 25: 44 estabelece que posso possuir escravos, tanto homens quanto mulheres, desde que sejam adquiridos de países vizinhos. Um amigo meu afirma que isso só se aplica aos mexicanos, mas não aos canadenses. Será que a senhora poderia esclarecer esse ponto?
Por que não posso possuir canadenses?
3) Sei que não estou autorizado a ter qualquer contato com mulher alguma no seu período de impureza menstrual (Lev. 18: 19, 20: 18 etc.). O problema que se me coloca é o seguinte: como posso saber se as mulheres estão menstruadas ou não? Tenho tentado perguntar-lhes, mas muitas mulheres são tímidas e outras se sentem ofendidas.
4) Tenho um vizinho que insiste em trabalhar no sábado. O livro de Êxodo 35: 2 claramente estabelece que quem trabalha nos sábados deve receber a pena de morte. Isso quer dizer que eu, pessoalmente, sou obrigado a matá-lo? Será que a senhora poderia, de alguma maneira,
aliviar-me dessa obrigação aborrecida?
5) No livro de Levítico 21: 18- 21 está estabelecido que uma pessoa não pode se aproximar do altar de Deus se tiver algum defeito na vista. Preciso confessar que eu preciso de óculos para ver. Minha acuidade visual tem de ser 100% para que eu me aproxime do altar de
Deus? Será que se pode abrandar um pouco essa exigência?
6) A maioria dos meus amigos homens tem o cabelo bem cortado, muito embora isto esteja claramente proibido em Levítico 19: 27. Como é que eles devem morrer?
7) Eu sei, graças a Levítico 11: 6- 8, quem tocar a pele de um porco morto fica impuro. Acontece que eu jogo futebol americano, cujas bolas são feitas de pele de porco. Será que me será permitido continuar a jogar futebol americano se usar luvas?
8) Meu tio tem uma granja. Deixa de cumprir o que diz Levítico 19: 19, pois que planta dois tipos diferentes de semente ao mesmo campo e também deixa de cumprir a sua mulher, que usa roupas de dois tecidos diferentes, a saber, algodão e poliéster. Além disso, ele passa o dia proferindo blasfêmias e maldizendo. Será que é necessário levar a cabo o complicado procedimento de reunir todas as pessoas da vila para apedrejá-lo? Não poderíamos adotar um procedimento mais simples, qual seja o de queimá-lo numa reunião privada, como se faz com um homem que dorme com a sua sogra, ou uma mulher que dorme com o seu sogro (Levítico 20: 14)?
Sei que a senhora estudou estes assuntos com grande profundidade de forma que confio plenamente na sua ajuda.
Obrigado de novo por recordar-nos de que a Palavra de Deus é eterna e imutável."

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

É necessário seguir!!! e tem horas que vem a recompença...

Tem hora que a docência recompensa...

É com alegria que publico o link de meus alunos do Oitavo ano C do EMIEF Marta Miranda D'El Rei...

http://oitavocemacao.webnode.com/

Parabéns...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Vamos ler e seguir e refletir...Normas para a escola...quem diria?

A curiosidade não matou só o gato...matou um monte de outras coisas por ai...afinal, é para isso que existe o serviço de proteção à testemunhas, a censura, a anistia internacional, o santo ofício....


Bom mas o tema aqui é bem outro....NORMAS PARA A ESCOLA...e o mais inacreditável: O documento do governo não bota a culpa nos professores... 

Leia a 
letra
miúda...
baixe!!! 
www.fde.sp.gov.br/Arquivo/normas_gerais_conduta_web.pdf

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Sociedade solidária e povo solitário. Povo abandonado!

Mais impostos e menos serviços. Salários, os mais altos. O nosso? Lógico que não. O da classe política. (classe política? aquilo é profissão mesmo?)
O caso é que cada vez mais somos tapeados por aqueles que deviam nos representar. Se ensaia um sorriso durante os meses de campanha (botox?) e agora mais impostos.
35% de nossos salários vão para as mãos de um "governo" que deveria cuidar de estradas, administração da coisa pública, Saúde, educação, erradicar a miséria, mas simplesmente não ocorre. Essa é uma daquelas horas que somos roubados novamente...Criam-se novos impostos para pagar (pegar?) a coisa pública (cosa nostra? isso não). Ou pior....pior? pode ser pior? 
SIM...lança-se o papo de "Sociedade solidária" ou "amigo da escola". Ou ainda, essas campanhas televisionadas de arrecadações macabras e solidária.
(isso é, solidariedade no dos outros é refresco. Quem ta sorrido atoa com tanta gincana são os mercados de feijão, arros, etc)...
Então é isso? O governo não faz aquilo que deve fazer com nossos largos impostos e ai somos chamados a ser solidários? Chamados só não, chantageados por campanhas promocionais (caríssimas)...crianças chorando, pedindo, etc
Agora a sugestão do governo é dar emprego a quem comentou crimes. O Slogan: -Você não daria uma chance a quem errou? olha lá, deveria, se não, ele volta e te assalta. Mas evitar isso, o assalto, não é função da segurança pública? Imagina pedir emprego assim: -Você me contrata e eu não te assalto. Ou melhor "-Eu podia ta roubando mas to pedindo". Pedindo o que? "-Dinheiro pra compra um révorve!" rrrrrrrrrrr!)
Então é isso: O governo não investe no que deve investir e devemos ser Solidários. Legal.
Impostos, sem novidade, novos imposto. Pior é chamar de "contribuição"
Vem mais uma ai para a saúde. Saúde. Ai nossa saúde acaba. E a cpmf (imposto criado para a saúde) de tão fraquinho, o dinheiro não chegou onde devia. Falta de saúde.
Assim vai; pedágio + ipva, imposto de renda. Incosto né?
Com tantos impostos o Brasil é um clubinho meio caro e o pior, a sauna e piscina são para muito pouco, a nossa ta quebrada, e não sobrou nenhum quiosque.
Fazer o que? Afinal tem carnaval e vai ter até copa do mundo. logo logo, vou até poder pedir bolsa família...
Quem sabe, até lá cria-se um imposto para o dinheiro chegar na copa. Mas vê bem, que esse imposto pode acabar ido jogar la fora no Milan ou no Rela Madrid.

Sejamos solidários...solidários do contra!!!
leia o post anterior e divulgue...A carta da publicitária ao Didí
Assine o abaixo assinado da FIESP http://www.energiaaprecojusto.com.br/
Esse é o país que vai pra frente!!!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Um país de trapalhões e Crianças sem esperança! E todo mundo ri do trapalhão!!!


Hoje optei por repassar e divulgar essa carta aberta da publicitária ao humorista Renato Aragão, vale paciência e leitura...  

CARTA ABERTA DE ELIANE SINHASIQUE (jornalista e publicitária) PARA RENATO ARAGÃO (o Didi da REDE GLOBO DE TELEVISÃO)

Querido Didi,
Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu nome para colar nas correspondências).

Achei que as cartas não deveriam ser endereçadas a mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido às suas solicitações.

Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e escrever uma resposta.
Não foi por " algum motivo " que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos).
Você diz, em sua última carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação!

Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Esse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não.
Eu não sou ministra da educação. Não ordeno e nem priorizo as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a frequentar as salas de aula.
A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos de idade, quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da família.
Trabalhei muito e, te garanto, TRABALHO NÃO MATA NINGUÉM ! Muito pelo contrário, faz bem !
Estudei na escola da zona rural, fiz Supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma micro- empresária. 
Didi, talvez você não tenha noção do quanto o GOVERNO FEDERAL tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa.

Os impostos são muito altos ! Sem falar dos Impostos embutidos em cada alimento e em cada produto ou serviço que preciso comprar para o sustento e sobrevivência da minha família. 
Eu pago pela educação duas vezes : pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola particular, mensalmente, PORQUE SOMENTE A ESCOLA PÚBLICA NÃO ATENDE COM ENSINO DE QUALIDADE QUE, ACREDITO, MEUS DOIS FILHOS MERECEM !!!
Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir, pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais !

O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores dessa dinheirama toda não veem a educação como prioridade !
PARA ELES, A EDUCAÇÃO LHES RETIRA A SUBSERVIÊNCIA E ESSE FATO, POR SI SÓ, NÃO INTERESSA AOS POLÍTICOS QUE ESTÃO NO PODER. POR ISSO, O DINHEIRO ESTÁ SAINDO PELO RALO; ESTÃO JOGANDO FORA , OU APLICANDO MUITO MAL !!!
Para você ter uma ideia, na minha cidade cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 8,82 (oito reais e oitenta e dois centavos), enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos) !!! O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda ? Você pode ajudar a mudar isso ! Não acha ?
Você diz em sua carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você !
É por isso que sua carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria ser endereçada à Presidente da República !!!
Ela é "a cara" !!! Ela é quem tem a chave do cofre e a vontade política para aplicar os recursos !

Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ela faça o que for correto e necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas do país, sem nenhum tipo de distinção ou discriminação. MAS, NÃO É O QUE ACONTECE !!!
No último parágrafo da sua carta, você joga, mais uma vez, a responsabilidade para cima de mim, dizendo que as crianças precisam da "minha doação" e que a "minha doação" faz toda a diferença...
Lamento discordar de você, Didi !!! Com o valor da doação mínima de R$ 15,00 (quinze reais) eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês, ou posso comprar pão para o café da manhã para 10 dias..... !!!
Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas, R$ 15,00 (quinze reais) eu não vou doar! Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho !!!
Isso significa que o governo leva mais de um terço de tudo que eu recebo e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família !

Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer NÃO para quase tudo que meus filhos querem ou precisam ? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo ? Acredito que não. Você é um homem de bom-senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.
Outra coisa Didi, MANDE UMA CARTA PARA A PRESIDENTE "DILMA" pedindo para ela selecionar melhor os ministros e também os professores das escolas públicas ! Só escolher quem, de fato, tem vocação para ser ministro e para o ensino.
Melhorar os salários daqueles profissionais também funciona para que eles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação ! Peça para ela, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam, além de ler, escrever e fazer contas, possam desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso está sobrando sim ! Diga para ela priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.

Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando... Eliane Sinhasique - Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari !!
P.S.: Não me mande outra carta pedindo dinheiro. Se você mandar, serei obrigada a ser mal-educada: vou rasgá-la antes de abrir.

PS2* Aos otários que doaram para o criança esperança, fiquem sabendo : AS ORGANIZAÇÕES GLOBO ENTREGAM TODO O DINHEIRO ARRECADADO À UNICEF E RECEBEM UM RECIBO DO VALOR PARA DEDUÇÃO DO SEU IMPOSTO DE RENDA !!!
Para vocês a Rede Globo anuncia: essa doação não poderá ser deduzida do seu imposto de renda !
PORQUÊ É ELA QUEM O FAZ !!!

PS3* E O DINHEIRO DA CPMF QUE PAGAMOS DURANTE 11(ONZE) ANOS?
MELHOROU ALGUMA COISA NA EDUCAÇÃO E NA SAÚDE DURANTE ESSES ANOS?
BRASILEIROS PATRIOTAS (e feitos de idiotas) !!!DIVULGUEM ESSE MANIFESTO.
isto deveria chegar a Brasília, não acha ???

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

E.C.A..E abandono na infância 2 e outras idéias

Há uma criança na rua (Armando Tejada Gómez)

A esta hora, exatamente, há uma criança na rua.
É dever do homem proteger o que cresce,
Cuidar para que não tenha uma infância dispersa pelas ruas,
Evitar que naufrague seu coração de barco,
Sua enorme vontade de pão e chocolate,
Caminhar por seus países de bandidos e tesouros
Pondo-lhe a esperança no lugar da fome.
De outro modo é inútil ensaiar na terra a alegria e o canto,
De outro modo é absurdo porque de nada vale se há uma criança na rua.
Importam duas maneiras de conceber o mundo:
Uma, ser alguém como as outras pessoas ou
Arrancar cegamente dos demais a bolsa.
E a outra, um destino de salvar-se com todos,
Comprometer a vida até o último náufrago.
Como se pode dormir de noite se há uma criança na rua?
Exatamente agora, se chove nas cidades,
Se desce o nevoeiro gelado no ar
E o vento não é nenhuma canção nas janelas,
Não deve andar o mundo com o amor descalço
Levando um diário como uma asa na mão.
Trepando nos trens, provocando-nos o riso,
Golpeando-nos como um anjo de asa cansada,
Não deve andar a vida, recém nascida, já lutando,
A meninice arriscada a um pequeno ganho,
Porque então as mãos são dois fardos inúteis
E o coração, apenas uma má palavra.
Eles esqueceram que há uma criança na rua,
Que há milhões de crianças que vivem na rua
E uma multidão de crianças que cresce nas ruas.
A esta hora, exatamente, há uma criança crescendo.
Eu a vejo apertando seu coração pequeno,
Olhando para todos com seus olhos de fantasia,
Percorrem e olham para o homem rico,
Um relâmpago forte cruza seu olhar,
Porque ninguém protege essa vida que cresce
E o amor se perdeu como uma criança na rua.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

E.C.A. e o abandono da infância...

Lembro de um tempo em que, além dos pais, era obrigação da sociedade adulta cuidar da infância...Proteger a infância era uma coisa até comum.
Era época em que jovens adolescentes podiam ter emprego; meninas engravidavam menos; e quase não se ouvia falar de drogas entre adolescentes. Entre crianças, então, nem pensar...o envolvimento de crianças e drogas era algo distante, cheiravam cola e não, crake.
Bom, o caso é que crianças eram crianças e não outro tipo de coisa...existiam limites, castigos e alguma confiança nos adultos...Escolas ensinavam muito mais e não eram lar de ninguém, somente escolas. E como tal, passavam conhecimento e reprovavam. Contando assim, pode dar a impressão de que as pessoas era tristes, mas não eram.
Professores eram respeitados e até queridos.
E então, eca (Como a expressão que as crianças fazem ao ver salada no prato). O Estado se colocou na proteção das crianças, assim como, na prevenção das drogas.
Muita pedagogia foi escrita, assim como, muitas frases de efeito...um efeito demais desastroso e perverso. Devastador. A margem do visível que se prefere não ver mais. Conluio? descrença?
Como um "Midas" ao avesso, as incursões de certo país na educação, na infância e noutros recantos mais humanos de nossa sociedade, tem tirado o brilho de todas as coisas as quais manipula...
Nos tornamos bons em não sermos bons...é estranho...é uma sensação...(você leitor, sente?)
Campanhas de prevenção às drogas; e.... cracolândia.
ECA; e descaso com a infância e com a puericultura.

Como dormir no meio da cacofonia?

há nesta hora uma criança morrendo na rua!


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Tem quem diz que não é poesia!!!

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  • Vento
  • verbo
  • verso
  • Universo
  • veto
  • verbo
  • vedo
  • verso
  • Univento
  • Univerbo

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Um amigo maestro!!!

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O quanto é importante um amigo?
Sabe-se lá. Mas, sem muito romantismo e menos autoajuda ainda, amigos são acontecimentos em forma de identidade que, de algum modo, dão destaque, aroma, relevo a um tempo de nossa vida...
Vi num filme, certa vez, algo assim: buscamos um amor, um alguém, para que nossa vida não se esgote somente em nós. É algo como ter um espectador para termos importância e certeza que significamos e estivemos lá vivendo. Como um pacto entre um Eu e um Outro do qual se lucra um significado, ou melhor, uma simulação de que o nosso pouco tempo vivido importa e tem lá uma certa importância e solidez dentre os bilhões de humanos e trilhões de vidas que passaram por esse planeta.
É obvio que essa ideia muito me agrada.
Um amigo encerra um mistério diferente. Ainda que amado, o amigo, nessa simulação, goza de maior liberdade, pois ilustra e remete a um momento. O amigo vem por um tempo, volta para sua própria vida ou morte. Mas, deixa uma transformação, uma ideia, uma memória que, sem ele jamais estaria lá...
O acontecimento que denominamos por "amigo" faz um relevo no tecido intricado de nossas vidas.
Como minha pequena avó paterna dizia, em sua suprema docência normal tão bem exercida como avó; "amigos se contam nos dedos de uma mão".
Tenho meu punhado...
Mas tive, entre estes e por um tempo, um que era Maestro, músico e Maestro de verdade. De certo modo, um Místico. Também navegante digital e psicanalista. Igual a maestria, ele também era psicanalista de verdade, com consultório e tudo. Com ele desbravei pela primeira vez um Freud nada obsceno. Em sua companhia tomei pouca cerveja e chopp; perdemos horas em debates cósmicos existenciais, fenomenológicos e até empiristas...Foi ao lado dele que em um solitário aniversário de 2004, ganhei (não venci, ganhei de ganhar como quem ganha uma coisa), uma partida de xadrez (uma partida, não um tabuleiro) e tomei a minha primeira taça de abiscinto. Na última vez que o vi era mórmon...
Foi um grande amigo, do qual faço homenagem nestas palavras...
A morte, sem aviso e sem susto, fez nesse texto, dessa amizade, seu ponto final...
depois dela, como a execução do hino nacional pela orquestras, nada mais poderá ser executado, dito, tocado...
Tive uma especial honra e sorte por ter esse amigo...
Fica o silêncio.........................................................
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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Educação, escolas e outras ausências!!! Que país é este?

Houve um tempo, não faz tanto, em que aprendíamos certas coisas na escola. É teve um tempo que até aprendíamos e, até certas coisas que eram mais ou menos certas. Esse tempo é anterior ao tempo em que as tais novas linhas pedagogetes (o melhor termo aqui é "correntes" mesmo) invadiram as escolas brasileiras, transformando-as em segundo lar e os lares em sabe-se lá o que.
Bom; nesse tempo, se diziam algumas coisas (preconceitos é lógico) como: - Quem não estudar vira ladrão e vai para a cadeia! - Quem não estudar vai puxar carroça!!
As coisas munda, mudaram. Com a onda ecológica doméstica (mando um Salve para os pandas!!!), acho, que nem se pode mais falar em puxar carroça. O correto é: Condutor autônomo de veículo coletor de resíduos e bio sustentável. Assim como essa, a outra frase, dada a nova lei prisional, ficou desatualizada...
Não é; "Quem não estudo pode virar bandido e acabar na cadeia".
Quem vira bandido pode parar na cadeia e ai vai estudar (para reduzir a pena).
Vamos ao bom português...Esqueci, esse já não precisa mais ser ensinado e estudado na escola... 
Falou mano, nóis vai na fita, pa, ai....falei, pensa nisso...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Literatura Maquiavélica; a arte da coerência e do foco!!!

Não se trata de maldade ou bondade, caridade ou egoísmo. O caso é a coerência, valor escasso e árido no entendimento contemporâneo. COERÊNCIA, entenderei aqui, como a arte ou a ciência de compromete-se com pressupostos e enunciações do próprio discurso. É a arte de permanecer dentro do sentido, um pouco ao contrario do perverso, quando tomamos "perverso" no sentido de; invertido, mascarado, escamoteado.
Ler O Príncipe é uma obrigação de quem, em qualquer idade, pretende se tornar adulto. Sempre é tempo. Não só esse "querido Maquiavel", mas, um conjunto de outras obras que, como foi escrito noutra ocasião; nos marcam, sujam, transformam. É isso que os bons livros nos fazem.
Podemos recomendar; O Príncipe, tanto o de Maquiavelli, quanto o pequeno; A Arte da Guerra; toda a obra de Kafka e mesmo, a de Lewis Carroll.
A leitura do Príncipe se bastaria nos valorosos ensinamentos sobre as "boas práticas" de manutenção do poder, mas não se esgota ai. Essa obra apresenta a arte da sinceridade. Não, não é um livro de auto-ajuda que ensina a importância de ser sincero, nem de quanto o universo conspira (Se ele conspira-se, tenho certeza, seria contra todos nós). Maquiavel é sincero ao apresentar com tamanho foco as artimanhas de manutenção do poder. Depois dele vieram outros, mas, nem o próprio Michel Foucaut conseguiu ser tão exato.
É estranho pensar que o termo Maquiavélico se aplique a alguém que pratique o oposto da sinceridade...
Vai ver, sincero é o Luciano Huck ou o Gugu Liberato...

Ler esse ítalo florentino do século XV é obrigatório, prazeroso e fundamental para manter a mente sadia num mundo que não reconhece matizes entre ocultar e dizer...entre perversidade e sinceridade...

LEIA!!!!   aqui...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sarcasmo Pedagógico e outros mimos...

Por ocasião da divulgação dos índices de 2010...(se é que pretendo me fazer entender. Hoje e por hora me darei essa liberdade, a de um certo engajamento fantástico em um aparente dadaísmo cínico)

É bom, sempre, relembrar...(ainda que, lembrar, já tenha um óbvio "Re" implícito...)...Quanto aos tais índices, não são os resultados, mas, a mecânica perversa detrás deles que abisma... tudo isso tem um cheiro muito estranho

Há um certo sarcasmo pedagógico no ar ...  Faz lembrar um Poema (postado neste blog em 2008 por ocasião semelhante à atual):

- Meus amigos! Meus amigos! Disse o humanista
- Vamos falar de toda essa coisa!!
O anarquista, sem querer completou:
- Vamos falar dela, pois precisa ser mudada!!!
Quando o paranoico já pensava um plano...
o liberal, autoritário riu e disse:
- Que coisa? Não há nada ai!
E prosseguiu:
- E está tudo bem, meus amigos...
- Está tudo muito bem
- E atenção!!!
- Sorriam, sorriam e arreganhe bem os dentes...

"Reuniões"


sexta-feira, 17 de junho de 2011

Gaivotas,

É um daqueles livros que passam pela nossa vida, meio sem querer; na opinião de um amigo...e quando menos se espera um exemplar vem à nossa mão...Da a impressão que alguns livros são mesmo um tanto místicos...passam por nós e acabamos passando por eles...
O caso aqui é a obra de Richard Bach. Fernão Capelo Gaivota prima pela simplicidade e leveza (é claro, são gaivotas), trata sobre o voo e como voar. Bom isso não é bem verdade...O fato é que trata de aves. No fundo, não são bem aves, pois, somos todos nós perante as certezas da vida e o mistério; perante o desafio de manter-se vivo ou simplesmente viver...
leia Aqui!!!
Nessa obra de aviador tem um Kafka invertido, iluminado, escondido, mas, ainda, enigmático, denso, desesperador. Bach expõe ao absurdo as noções mais cotidianas sobre a vida e a existência, ao mesmo tempo que obriga a ter esperança (O Processo). Assim como Joseph K, Fernão Capelo Gaivota, o personagem, deixa saudade...Ou aquele principezinho que tanto queria a morte...
O que mais se pode escrever?...esse livro faz sorrir...vale apena ler...


quinta-feira, 9 de junho de 2011

A lei e a prática...Violência e outros vícios

Numa sociedade que não consegue controlar a circulação da violência é mesmo muito natural que se deseje leis contra o bulling....O combate a pedofilia e outro crimes contra o menor também não é eficaz e não será, mesmo com ECA ou outras legislações específicas, CPIs, ou demais parafernálias e placebos que se possam usar para esse fim...O  buraco, digo, o ladrão ou ralo aberto é bem mais largo...Esta sociedade quer evitar as consequências inevitáveis do cultivo da ignorância, da violência e de outras manias que, se não são, no mínimo, desastrosas, são sim, perversas...
Como combater a violência sexual contra o menor numa sociedade que, a todo tempo, expões sua prole a um massiva erotização, complementada pela desvalorização do humano e da vida?
Antes de combater a pedofilia teríamos que; falar de sexo de forma mais aberta, menos perversa e recalcada (sim, perverso/recalcado se complementam e não se contradizem); teríamos que parar de dançar a boquinha da garrafa ou o créu, e de rir disso como se não soubéssemos do que se tratam tais canções (canções?!); ou parar de expor crianças semi nuas em propagandas tendo comportamento adulto ou ambíguo...negar estratégias consumistas, ora!
Eis uma questão grave... mais um aspecto daqueles em que optamos por salvar pandas, mas não, os menores de rua. Combatemos as sacolinhas de plástico, mas não, as termos nucleares. O visionário Duzeque já dizia: Troque seu cachorro por uma criança pobre. Auu!
Combater a violência sexual é um óbvio, mas, eficaz é combater a erotização da infância...Tem realmente algo ocorrendo em nossa cultura ocidental e não é bonito...vamos pensar...
Tem algo de podre....e não é em nenhum reino distante...
Para pensar...Não à erotização infantil!!!

Segue a referência: http://diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com/

quarta-feira, 8 de junho de 2011

futebol, ganços, frangos e outros bichos...

É isso ai...Ronaldão termina a saga...Depois de casamentos e filhos, mais casamentos e algo, mais ou menos nessa ordem, encerra sua carreira nos gramados e no futebol....Muita coisa foi superada, o peso...
Marcante é o peso da tradição ou maldição...talvez um tipo de homenagem, explico:
Lebremos do humorista Bussunda, da Casseta popular e do Planeta Diário, o hilário que tinha entre seus personagens o jogador Ronaldo. É isso...tenho a impressão que Bussunda terminou a carreira e, infelismente, a vida, na copa do mundo de 2006 imitando Ronaldo. Agora Ronaldo termina sua carreira de futebol imitando, até na aparência física, o próprio Bussunda...Grande homenagem...
Quem é quem?
Bravo, bravo, bravo!!!

Ler...fazer amigos e seguir...

É somente uma dica de leitura...
Muito se publica e o mercado de publicações pulsa, livros caros, capas de arte quase apetitosa, algumas capas apelam tanto aos sentidos que da vontade de morder.... O fato é que a boa leitura é sempre um risco... Segundo Pretextat Tach no livro A higiene do assassino, da Belga Amélie Nothomb, a boa literatura nos suja de alguma forma e é impossível passar por ela sem sair marcado e transformado do outro lado...
Recomendar a leitura de Amélie está implícito........fundamental...
Óbvio, exitem outras, mas, como falar de mais alguém sob tamanho vulto Belga...
Bem...Salta me à mente, como saltou da estante de promoções aos olhos num sebo em BH (tarde bucólicamente chuvosa daquelas com ônibus para São Paulo no fim do dia), outra obra, é ; O Nascimento do Fantasma de Marie Darrieussecq.
Esse é o tipo do livro que, ao pular em minhas mãos, disse: - Leia-me! E  logo na primeira letra seguiu: "Meu marido desapareceu, saiu para comprar pão e nunca mais voltou"...(mal sabia eu que essa não era uma frase, mas sim, um coelho de fraque e relógio a gritar "- é tarde", o meu coelho de Alice em forma de frase inocente)
Como não ler? Como abandonar aquela pobre pessoa em suas folhas desesperadas? Lí, mergulhei,
O que dizer mais; denso como queijo caro e vinho bom, surreal, kafiqueano. Faz pensar...
e faz seguir...

domingo, 5 de junho de 2011

Ou isso ou aquilo!!! Vivaldi, Handel, Mozart

Bom...
Poesia...
Diversidade cultural as vezes faz pensar que tudo vale como "cultura"...Como diria um filósofo, aluno meu do nono ano: "- Será que vale!!!"
As culturas e sua pluralidade me faziam pensar, antropologicamente, que as "culturas" dos povos eram superiores aos "valores" ou, ao menos, mais "livres".
Coisa como as que vemos hoje na mídia me fazem repensar...Será que, como expressão cultural, tudo vale. Será que os tais "valores" eram realmente posições elitistas; limites para a criatividade, grades para "gênio humano".
Sem muito iluminismo, o gênio humano está expresso em todos os cadernos e programas polícias, em coisas como o funk brasileiro (imagino quais piruetas James Brown daria se o som dos bailes funk chegasse até seu túmulo), programas sociais de manutenção da miséria, crime organizado em governos pretensiosamente desorganizados, etc...
O caso é que, deve haver alguma diferença notável entre isso e aquilo...entre quebra barraco e Vivaldi, Handel, Mozart...
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Por hora, desabafo e vou pensar...


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Mais Poesia


E uma locomotiva puxa um trem que se perde na imensidão
somos todos tão pequenos
puxando pensamentos
vivendo nos vãos da vida
uma locomotiva puxa o trem que se perde na multidão
e somos mais ainda pequenos
pequenos pensamentos em vãos
vãos de vida
locomotiva puxa trem que pende na imensidão
pequenos somos vãos da vida
vida locomovida
pende um trem locomotiva que se prende na multidão
multidão locomotiva
vão da vida
locomovidas vão....

(poema alemão dascidades de Alice – 2011)


vejo gente todo dia
vejo gente sendo gente todo dia
vejo o dia todo dia
vejo gente fazendo dia
vejo o dia sendo dia todo dia
mesmo quando chega a tardesinha...

(poema bucólico - 2011)


não sei
não sei não saber muita coisa
não sei não saber aquilo que saibo
não sei se é pouco ou não
não sei se Saibo poderia ser uma cidade na Turquia
não sei, mas a sonoridade muito me agrada.

(parabólico equivocado – 2011)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Postar ou não postar... ..?

Sou de uma geração que não percebeu diretamente a ditadura militar de 1964, sim, tivemos e temos outras. Nossa geração ouviu falar bastante dela, isso sim. Também ouvimos falar em um mundo melhor que estaria logo ali no futuro, e tudo isso ocorreria quando todos soubessem a verdade. Sempre achei que "eles conhecerão a verdade e a verdade os libertará" fosse uma frase bíblica e não socialista, comunista, ecologista ou sabe-se lá de qual outro "ismo" bonzinho, sorridente e pinpão que estivesse na moda.
Mudar o mundo sempre esteve na moda, sempre tem alguém bonzinho com uma ideia na cabeça. Pena que não muda. Minto, quando muda, muda para pior.
Aquela ilusão de que a ignorância era a causadora final de todos os males, ou que, o autoritarismo e a violência capitulariam perante a "verdade" se mostra, faz tempo, um impropério. Hoje tudo é dito, assumido, publicado, declarado e nada muda. A hiper-potência assume o uso da tortura, escândalos políticos são televisionados, denúncias e contradenúncias, explicações; e simplesmente, como um clique do mouse (adoraria dizer "rato", "disco duro" e não HD) ou o início de uma nova atração na Tv, muda-se de assunto.
Vivemos numa época que as palavras não impetram mais ações, músicas não tem mais mensagens, interpretações, sub-textualidade em suas letras, são apenas canções como pedras são pedras. A pedra de Drumond não fica mais no caminho, a não ser como simples pedra, a causar tropeço a um transeunte desatento.
Michel Foucault estaria errado? efeitos do poder e discurso? Discurso e poder? Microfísica?
Por isso; "postar ou não postar". Tudo é dito, o tempo todo; a boa e velha "cerquilha" # entra na moda como rashtag. Por que? Mas, nada é realmente falado, ruminado.
Pagaremos sacolinhas de plástico e teremos termonucleares, zumbis de Resident Evil ou madrugada dos mortos vivos na cracolândia(de qual cidade? Em todas). De qual País? País?
Bem vindos ao admirável mundo novo...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Destino Manifesto & Pax Romana

Íntegra da carta enviada ao presidente George W. Bush pelo cardeal arcebispo
Bernard Law de Boston:

"Senhor Presidente:

Conte a verdade ao povo, senhor presidente, sobre terrorismo. Se as ilusões acerca do terrorismo não forem desfeitas, então a ameaça continuará até nos destruir completamente. A verdade é que nenhuma das nossas muitas armas nucleares pode proteger-nos dessas ameaças.Nenhum sistema 'Guerra nas Estrelas' (não importa quão tecnicamente avançado seja, nem quantos trilhões de dólares sejam despejados nele) poderá proteger-nos de uma arma nuclear trazida num barco, avião ou carro alugado.

Nenhuma arma sequer do nosso vasto arsenal, nem um centavo sequer dos US$270 bilhões gastos por ano no chamado "sistema de defesa", pode evitar uma bomba terrorista. Isto é um fato militar. Como tenente-coronel reformado e freqüente conferencista em assuntos de segurança nacional, sempre tenho citado o salmo 33: "Um rei não é salvo pelo seu poderoso exército, assim como um guerreiro não é salvo por sua enorme força".

A reação óbvia é: 'Então o que podemos fazer? Não existe nada que possamos fazer para garantir a segurança do nosso povo? Existe. Mas para entender isso, precisamos saber a verdade sobre a ameaça. Senhor presidente, o senhor não contou a verdade sobre o porquê de sermos alvo do terrorismo, quando explicou porque bombardearíamos o Afeganistão e o Sudão. O senhor disse que somos alvo do terrorismo porque defendemos a democracia, a liberdade e os direitos humanos no mundo...

Que absurdo, senhor presidente!

Somos alvo dos terroristas porque, na maior parte do mundo, o nosso governo defendeu a ditadura, a escravidão e a exploração humana. Somos alvo dos terroristas porque somos odiados. E somos odiados porque o nosso governo fez coisas odiosas.

Em quantos países agentes do nosso governo depuseram líderes eleitos pelos seus povos, substituindo-os por militares ditadores, marionetes desejosas de vender o seu próprio povo a corporações americanas multinacionais?

Fizemos isso no Irã, quando os marines e a CIA depuseram Mossadegh, porque ele tinha a intenção de nacionalizar a indústria do petróleo. Nós substituímo-lo pelo Xá Reza Pahlevi e armamos, treinamos e pagamos a sua odiada guarda nacional, Savak, que escravizou e brutalizou o povo iraniano para proteger o interesse financeiro das nossas companhias de petróleo. Depois disso, será difícil imaginar que existam pessoas no Irã que nos odeiem?

Fizemos isso no Chile. Fizemos isso no Vietnã. Mais recentemente, tentamos faze-lo no Iraque. E, é claro, quantas vezes fizemos isso na Nicarágua e outras repúblicas na América Latina?

Uma vez atrás da outra, temos destituído líderes populares que desejavam que as riquezas da sua terra fossem repartidas pelo povo que as gerou. Nós substituímos-los por tiranos assassinos que venderiam o seu próprio povo para que, mediante o pagamento de vultosas quantias para engordar as suas contas particulares, a riqueza da sua própria terra pudesse ser tomada por similares à Domino Sugar, à United Fruit Company, à Folgers e por aí adiante.

De país em país o nosso governo obstruiu a democracia, sufocou a liberdade e pisou os direitos humanos. É por isso que somos odiados ao redor do mundo. E é por isso que somos alvo dos terroristas.

O povo do Canadá desfruta da liberdade e dos direitos humanos, assim como povo da Noruega e da Suécia. O senhor já ouviu falar de embaixadas canadenses, norueguesas ou suecas a serem bombardeadas? Nós não somos odiados porque praticamos a democracia, a liberdade e os direitos humanos. Nós somos odiados porque o nosso governo nega essas coisas aos povos dos países do terceiro mundo, cujos recursos são cobiçados pelas nossas corporações multinacionais.

Esse ódio que semeamos virou-se contra nós para nos assombrar na forma de terrorismo e, no futuro, terrorismo nuclear. Uma vez dita a verdade sobre porquê da ameaça existir e ter sido entendida, a solução torna-se óbvia.

Nós precisamos mudar as nossas práticas. Livrarmo-nos das nossas armas nucleares (unilateralmente, se necessário) irá melhorar nossa segurança.

Alterar drasticamente a nossa política externa irá assegurá-la.

Em vez de enviar os nossos filhos e filhas ao redor do mundo para matar árabes,para que possamos ter o petróleo que existe sob suas areias, deveríamos mandá-los para reconstruir as suas infraestruturas,fornecer água limpa e alimentar crianças famintas.

Em vez de continuar a matar milhares de crianças iraquianas todos os dias, com as nossas sanções econômicas, deveríamos ajudar os iraquianos a reconstruir suas estações elétricas, as suas estações de tratamento de água, os seus hospitais e todas as outras coisas que destruímos e que os impedimos de reconstruir com as nossas sanções econômicas.

Em vez de treinar terroristas e esquadrões da morte, deveríamos fechar a Escola das Américas. Em vez de sustentar a revolta, a desestabilização, o assassínio e o terror em redor do mundo, deveríamos abolir a CIA e dar o dinheiro gasto por ela a agências de assistência.

Resumindo, deveríamos ser bons em vez de maus. Quem iria tentar deter-nos? Quem iria odiar-nos? Quem iria querer nos bombardear? Essa é a verdade, senhor presidente. É isso que o povo americano precisa ouvir."

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Três poemas chamadas poesias

se uma poesia tem nome é porque,
diferente das pessoas, esse nome faz parte da poesia
não é uma coisa inventada como um implante ou uma inauguração.
se uma poesia tem um nome, diferente das pessoas, o nome da poesia,
é feito da mesma carne delas
esse nome faz parte da pessoa da poesia,

(poema pessoa – 2011)

que saudade, meu deus, da poesia inacabada.
Que medo, meu deus, de escolher palavra errada.
A poesia é como um prédio de arame concreto.

(incompleto – 2011)


quem explica profundamente alguma coisa é por que não entendeu
a explicação é assim...
uma troca,
um sacrifício,
uma imolação da coisa pela razão que explica.

A explicação é uma troca
assim
toda explicação é perversa
pois esconde um não saber
toda explicação odeia a coisa,
pois nunca a explica toda.
Toda explicação odeia não saber, isso por que, teme
toda explicação teme não conhecer.

(Explicação - 2011)