sexta-feira, 19 de agosto de 2011

E.C.A..E abandono na infância 2 e outras idéias

Há uma criança na rua (Armando Tejada Gómez)

A esta hora, exatamente, há uma criança na rua.
É dever do homem proteger o que cresce,
Cuidar para que não tenha uma infância dispersa pelas ruas,
Evitar que naufrague seu coração de barco,
Sua enorme vontade de pão e chocolate,
Caminhar por seus países de bandidos e tesouros
Pondo-lhe a esperança no lugar da fome.
De outro modo é inútil ensaiar na terra a alegria e o canto,
De outro modo é absurdo porque de nada vale se há uma criança na rua.
Importam duas maneiras de conceber o mundo:
Uma, ser alguém como as outras pessoas ou
Arrancar cegamente dos demais a bolsa.
E a outra, um destino de salvar-se com todos,
Comprometer a vida até o último náufrago.
Como se pode dormir de noite se há uma criança na rua?
Exatamente agora, se chove nas cidades,
Se desce o nevoeiro gelado no ar
E o vento não é nenhuma canção nas janelas,
Não deve andar o mundo com o amor descalço
Levando um diário como uma asa na mão.
Trepando nos trens, provocando-nos o riso,
Golpeando-nos como um anjo de asa cansada,
Não deve andar a vida, recém nascida, já lutando,
A meninice arriscada a um pequeno ganho,
Porque então as mãos são dois fardos inúteis
E o coração, apenas uma má palavra.
Eles esqueceram que há uma criança na rua,
Que há milhões de crianças que vivem na rua
E uma multidão de crianças que cresce nas ruas.
A esta hora, exatamente, há uma criança crescendo.
Eu a vejo apertando seu coração pequeno,
Olhando para todos com seus olhos de fantasia,
Percorrem e olham para o homem rico,
Um relâmpago forte cruza seu olhar,
Porque ninguém protege essa vida que cresce
E o amor se perdeu como uma criança na rua.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

E.C.A. e o abandono da infância...

Lembro de um tempo em que, além dos pais, era obrigação da sociedade adulta cuidar da infância...Proteger a infância era uma coisa até comum.
Era época em que jovens adolescentes podiam ter emprego; meninas engravidavam menos; e quase não se ouvia falar de drogas entre adolescentes. Entre crianças, então, nem pensar...o envolvimento de crianças e drogas era algo distante, cheiravam cola e não, crake.
Bom, o caso é que crianças eram crianças e não outro tipo de coisa...existiam limites, castigos e alguma confiança nos adultos...Escolas ensinavam muito mais e não eram lar de ninguém, somente escolas. E como tal, passavam conhecimento e reprovavam. Contando assim, pode dar a impressão de que as pessoas era tristes, mas não eram.
Professores eram respeitados e até queridos.
E então, eca (Como a expressão que as crianças fazem ao ver salada no prato). O Estado se colocou na proteção das crianças, assim como, na prevenção das drogas.
Muita pedagogia foi escrita, assim como, muitas frases de efeito...um efeito demais desastroso e perverso. Devastador. A margem do visível que se prefere não ver mais. Conluio? descrença?
Como um "Midas" ao avesso, as incursões de certo país na educação, na infância e noutros recantos mais humanos de nossa sociedade, tem tirado o brilho de todas as coisas as quais manipula...
Nos tornamos bons em não sermos bons...é estranho...é uma sensação...(você leitor, sente?)
Campanhas de prevenção às drogas; e.... cracolândia.
ECA; e descaso com a infância e com a puericultura.

Como dormir no meio da cacofonia?

há nesta hora uma criança morrendo na rua!


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Tem quem diz que não é poesia!!!

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